QUINTETO QUIMPORÓ


O Quinteto Quimporó é mais um fruto gerado do Projeto Música de Câmara, realizado pela Escola de Música da Associação Musical de Cruzeta - AMUSIC.

Criado em maio de 2001, composto por 05 jovens de talento e dedicados.todos músicos da Filarmônica de Cruzeta, teve sua estréia durante o IIº Seminário de Música de Cruzeta, no mês de agosto do mesmo ano.

O nome Quimporó, termo cariri, quer significa “Rio Valente” é uma justa lembrança em homenagem ao rio que nasce na serra de santana e caminha em direção ao município de Cruzeta, para se encontrar e cruzar o rio do meio e rio salgado, enchendo o açude público de Cruzeta nas invernias de água, esperança e vida.

Assim como o Quimporó, Rio Valente fica claro que o trabalho deste grupo visa abordar a música que se identifica com o nosso povo sertanejo do seridó, homem simples sofrido, orgulhoso e cultivadores de sua origem e cultura, forte mais, sobretudo temente a Deus.

O Quinteto Quimporó é síntese de um universo contraditório e aparentemente único de suor e lagrimas, alegria e felicidades, não há como ouvir o som produzido nestes instrumentos tão familiares e não sentir o cheiro do nosso chão, do nosso vaqueiro, das retretas, alvoradas, quermesses e salvas das nossas bandas de músicas, mais lembra também os nossos forrós, nossos sambas, nossas novenas e precisões, luar, por sol, bichos e mato, terra molhada ou seca, de avós, pais, mães, irmãos, tios e primos. Família..., nossas famílias seridoenses. Pois que assim seja, o Quimporó.

Por Bembem Dantas (Maestro da Filarmônica de Cruzeta)

Os Benefícios de se Tocar no Quinteto de Metais

ITG (International Trumpet Guild) Março de 2004

Traduzido por: Antonio Carlos de Oliveira

Afinação: Quando se está tocando com um grupo grande como uma banda ou orquestra, o trabalho com a afinação se dirige na maioria dos casos a uma simples observação do maestro no sentido de dizer se o instrumento está alto ou baixo com relação aos outros, permitindo na maioria dos casos um acerto individual do próprio músico na afinação. No caso do quinteto de metais, cada músico é responsável por uma das 5 vozes e se torna muito mais fácil detectar qualquer problema de afinação por esse detalhe. O quinteto de metais é muito mais autônomo do que grupos maiores e é essencial que cada membro do grupo aprenda a desenvolver um forte senso de afinação.

Qualidade do som: Em um quinteto de metais o som dos 2 trompetes tem que ser iguais e o grupo tem que ter o mesmo tipo de qualidade sonora “sonoridade homogênea” os trompetes tem que desenvolver o mesmo senso de estilo, timbre e qualidade sonora.

Balanço: No trabalho com quinteto de metais os músicos aprendem a concepção de fraseado e musicalidade de modo que nos grandes tuttis o grupo deve aprender seu próprio balanço, que constantemente muda dependendo da orquestração ou arranjo. Os músicos do quinteto aprendem a considerar também a importância das partes que são trazidas ao foreground que, com relação à melodia são acompanhadas pelas partes em background, essas de menos interesse.

Embocadura e desenvolvimento da resistência: Segundo Joel Treybig, a música de câmara desenvolve eficientemente o uso da embocadura e do ar. Os trompetes geralmente tocam as vozes mais agudas (que na banda ou na orquestra são violinos ou naipes de sopros). Isso faz com que o quinteto necessite de mais descanso que os outros grupos maiores.

Tempo: Sem condutor os membros do grupo necessitam de um bom senso de ritmo e um senso crítico de tempo.

Novas composições: Há algumas décadas atrás, o trabalho dos quintetos se resumia em tocar arranjos ou transcrições de obras já conhecidas. Hoje com uma quantidade enorme de bons compositores espalhados pelo mundo, o trabalho com quinteto de metais tornou-se muito mais interessante. Compositores como, Erick Ewazen, Antony Plog, Malcon Arnold, Askel Masson, Koetsier, Pleaslee, Tilson Thomas e Turner imediatamente vem a cabeça. A música moderna tem mudado bastante do último século para cá e a mistura nos programas de concertos de obras originais com transcrições de qualidade e literatura “standart” tem sido um bom caminho para educar o nosso público que é digno de aprender música contemporânea.

Profissionalismo: O comportamento pessoal coletivo dentro de um grupo de câmara deve-se manter saudável, e o relacionamento, devido à constante interação entre os músicos, deve ser democrático. Os músicos devem aprender a trabalhar bem juntos mesmo com personalidades diferentes. O trabalho com o quinteto de metias pode ser feito adotando-se uma conduta profissional correta para que se possa receber e poder ensinar diplomaticamente o respeito mútuo.

Adicionalmente, como o quinteto de metais faz seu próprio marketing, os músicos aprendem rapidamente a providenciar publicidade para os concertos, trabalhando em uma variedade de recursos para apresentar uma imagem profissional.

Markting: Nós vivemos hoje num mundo onde é imprudente se transformar num especialista em uma só área de performance sob o risco de se perder boas oportunidades. Quintetos são muito requisitados para uma ampla variedade de serviços, incluindo recitais, cerimoniais, desenvolvimento educacional e serviços religiosos. Muitas universidades e orquestras incluem o quinteto de metais profissional como parte de sua audição para o cargo, então, tanto o funcionamento do quinteto de metais quanto o conhecimento da música de câmera e da literatura tornam-se uma vantagem.

A experiência com o quinteto de metais é significativa também para os estudantes dos cursos básicos e técnico, considerando que alguns programas de graduação, incluem a desempenho num quinteto de metais.

Músicos de alto nível tem se tornado melhores e feito seu próprio marketing pessoal participando de quintetos de metal, mas essa medida beneficia em particular os jovens músicos e deve ser incluída como parte da experiência musical do tanto quanto possível. A performance da música de câmara no quinteto é verdadeiramente prazerosa e sem dúvida desenvolve muitas habilidades que desempenham fortemente a força e a independência nos músicos.